Bem-vindo ao Jornal da Ciência! Orçamento de Estado em Ciência para 2006 tem estratégias definidas
Duplicar o número de investigadores científicos para que Portugal alcance uma
maior capacidade científica e tecnológica é um dos grandes objectivos do
actual Governo. Com uma dotação global de 2.325, 6 milhões de euros, para
2006, Mariano Gago, passa a dispor de um orçamento no Ministério da
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior com um aumento de 4,8%, em relação a
A grande fatia do orçamento vai para a área da Ciência e Tecnologia que
recebe 392, 2 milhões de euros, o que representa um aumento de 17,1% face
ao ano de 2005. Também a área da Sociedade da Informação é reforçada com
6,4% em 2006, com um investimento total de 147,9 milhões de euros: «Num contexto muito exigente de consolidação orçamental neste sector e num orçamento de crescimento confirmado as prioridades repetidamente no Programa de Governo e no Debate do Programa Rectificativo, consagrou- se a máxima prioridade ao desenvolvimento da Ciência e Tecnologia que retoma, ao fim de vários anos, um ritmo de crescimento orçamental acima de 15%, comparação entre o orçamento inicial e o orçamento inicial. Reforça-se o investimento nos Programas da Sociedade de Informação, consolida-se o orçamento do Ensino Superior e as verbas destinadas à Acção Social Escolar no que respeita a Bolsas de Estudo de apoio aos estudantes, apesar da redução no número de alunos que é o resultado da demografia nestes últimos anos e que exerce uma forte contenção em novas obras do Ensino Superior, orçamentando-se todas as obras que estão em curso e não se orçamentando novas obras no Ensino Superior, consagrando-se contudo montantes no O.E. reservados, para de forma competitiva e após avaliação, reservando-se verbas para outros empreendimentos que sejam necessários», explica Mariano Gago, Ministro
da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Formação avançada de Recursos Humanos e apoio a projectos de
investigação são prioridades na área da Ciência e Tecnologia. Melhorar a
formação dos investigadores e aumentar a empregabilidade na ciência
representa mais de 1/4 das verbas atribuídas à área da ciência e tecnologia:
«A formação avançada de recursos humanos, portanto, a aposta nas pessoas novas no sector da ciência e tecnologia representa ¼ de todo o investimento em Ciência e Tecnologia. Estamos a falar em doutoramentos, pós-doutoramentos, nacionais e estrangeiros, quer em Portugal quer no estrangeiro. Portanto na qualificação de cientistas e tecnólogos», adianta o Ministro.
Mariano Gago define uma estratégia assente em três pontos essenciais:
formação, mobilidade e emprego científico. Com estes três pilares, o ministro
espera alterar o panorama da ciência em Portugal: «Primeira linha: a formação avançada de Recursos Humanos (RH), não apenas para formar novos cientistas mas para formar melhores profissionais de topo nas diferentes carreiras. Segunda linha: a linha da circulação e mobilidade de RH. Muitos dos nossos laboratórios precisam, não apenas de dispor de competências nacionais designadamente competências nacionais que nos estejam próximas, mas competências que estejam mais afastadas quer em Portugal quer no estrangeiro. E hoje, felizmente, muitos dos melhores laboratórios de investigação portugueses são melhores porque têm em competição portugueses e estrangeiros a trabalharem lado a lado e que entram de uma forma competitiva e aberta nesses laboratórios sem reconhecimento da sua nacionalidade de origem. A um nível avançado isto já se começa a praticar, felizmente, nos melhores laboratórios portugueses e nalguns sectores essa migração dos laboratórios para as empresas já se está a verificar. É o caso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), em que muitas das melhores empresas modernas portuguesas incluem estes investigadores portugueses e estrangeiros nos seus quadros».
O terceiro pilar visa fomentar o emprego científico em Portugal através de
benefícios fiscais às empresas para o desenvolvimento científico e a
contratação de investigadores: «Terceiro elemento: o emprego científico. O emprego científico tem duas componentes, a componente pública e a componente privada. Nós neste momento, com a reposição e o reforço de incentivos fiscais há Investigação e Desenvolvimento (I&D), que é como sabem uma grande excepção de incentivos fiscais deste OE, faz com que seja mais atractivo para as empresas de base tecnológica e que tenham actividades de investigação, desenvolver actividades de investigação e designadamente contratar investigadores. Essas despesas são despesas de investigação para as empresas. Por outro lado, existem apoios directos à contratação de investigadores pelas empresas, no orçamento do Ministério. Portanto estas verbas de formação incluem verbas de apoio à contratação através dos esquemas de competição que existem de apoio nos primeiros 3 anos de contratação de investigadores por empresas»,
Dotar os institutos de Investigação públicos de recursos humanos
especializados é outra das medidas previstas para 2006: «Por último, a inclusão nos Laboratórios Públicos de investigadores pode ser contemplada com estas verbas. Nós estamos neste momento a trabalhar no reforço dos quadros das Instituições Públicas, Universidades e outras Instituições de Investigação para reforçar a componente de pessoal mais classificado, como já fizemos uma forma de financiamento mas como faremos nos quadros dessas instituições», adianta.
Uma medida que parece vir a ser facilitada pela a atribuição, a partir de 2006,
de autonomia administrativa e financeira aos Laboratórios de Estado (L.E.):
«Pela primeira vez a totalidade dos L.E. portugueses, pela primeira vez na história, vão passar a ter autonomia administrativa e financeira a partir do dia 1 de Janeiro. Aqueles que nunca tinham tido autonomia administrativa e financeira também vão passar a ter, precisamente ao ter autonomia administrativa e financeira têm flexibilidade, passam a ter muito mais flexibilidade de gestão orçamental e sobretudo passam a ter a possibilidade de vender serviços, fazer contratos e de absorver como receitas próprias os recursos que assim adquirem e é isso que queremos que aconteça nos L.E., que o possam fazer», explica Mariano Gago.
Ainda na área da Ciência e Tecnologia, os projectos de investigação e
inovação são outra das prioridades do Ministério da Ciência. Com uma dotação
de 82,4 milhões de euros, os projectos a apoiar vão cobrir todas as áreas da
ciência e da tecnologia: «Haverá 2 modelos de financiamento de projectos de investigação que estão identificados no orçamento. Retomamos o Concurso Nacional para Projectos em Investigação Científica e Tecnológica em todas as áreas científicas e tecnológicas, e serão apreciados em função da qualidade do trabalho e essa é uma das linhas de financiamento. E por outro lado, temos a linha de financiamento de programas orientados para políticas públicas. Não é à partida que vamos dizer (claro que eu poderia dizer banalidades sobre essa matéria) mas a preparação sobre alguns desses programas vai decorrer até ao final do ano (2005), designadamente, em parceira com outros Ministérios. A orientação principal dessas políticas públicas - para lá daquelas que têm vindo em curso e que diz respeito ao aumento da capacidade de inovação das empresas e que é feita em parceria com o sector privado e em função das necessidades de investigação de cada uma das empresas - será essencialmente orientado para o combate a riscos públicos e, portanto, para a participação da Ciência e Tecnologia no combate a riscos públicos, seja em matéria de saúde, ou seja, epidemias, seja em matérias de catástrofes naturais», afirma o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino
No domínio da Sociedade da Informação, um dos objectivos centrais é o
desenvolvimento das regiões digitais, apostando numa rede que ligue
autarquias, universidades, empresas e outros pólos dando continuidade ao
Programa Cidades e Regiões Digitais: «Destes 147 milhões de euros nacionais e comunitários, estamos a falar da soma nacional e comunitária, se repararmos as somas mais importantes são as Cidades e Regiões Digitais, aquilo que está previsto para as Cidades e Regiões Digitais durante o ano de 2006. Neste momento estão comprometidos cerca de 200 milhões de euros em investimento em Cidades e Regiões Digitais».
As tecnologias da informação na administração pública recebem no orçamento
de estado para 2006, a quantia de 32,3 milhões de euros, destinados
sobretudo aos grandes projectos do Governo Electrónico: «No que diz respeito à Administração Pública e ao Governo Electrónico, para lhe dar outro exemplo, aquilo que está aqui previsto são os programas de reforço da Administração Pública Electrónica e isso envolve verbas para o Cartão Comum do Cidadão ou envolve o apoio em parceria com outros Ministérios, nos diferentes projectos de outros Ministérios. No que diz respeito a esta grande rubrica que aqui está e diz respeito a infra- estruturas de banda larga e RCTS, o que estamos aqui a considerar é especificamente o que diz respeito ao nosso próprio Ministério e à operação do nosso próprio Ministério, portanto, é a rede de banda larga e como disse há pouco, o RCTS que liga os diferentes sectores do sistema científico e educativo nacional e que terá uma expansão infra-estrutural para além da expansão de equipamentos», adianta o Ministro.
A produção de conteúdos digitais é mais uma das prioridades do Ministério da
Ciência, para isso, conta com um orçamento programado de 20,8 milhões de
euros. O objectivo é a aumentar a quantidade de conteúdos em língua
portuguesa na internet, nomeadamente os de informação científica e técnica
como sejam os de medicina: «No que diz respeito a conteúdos, nós entendemos que há neste momento condições, para lá do desenvolvimento institucional que tem vindo a ocorrer em conteúdos públicos e da disponibilização de conteúdos públicos em formato digital, há neste momento outras portas que se abrem nesta matéria. E dou dois exemplos, hoje em dia estamos a estudar vir a colocar, publicamente através do concurso das várias instituições científicas e de ensino, conteúdos de interesse médico na Internet validados pelas Instituições de ensino e investigação. Há muito conteúdo de natureza médica na Internet, pouco de língua portuguesa e pouco validado por instituições credíveis de ensino e investigação. Para vos dar um exemplo, numa área em que os conteúdos em matéria de políticas públicas podem ser muito essenciais. Por outro lado, há uma linha que gostaríamos muito de lançar que não deve ser apenas lançada pelo Estado, deve ser lançada em concurso dos cidadãos e que diz respeito a colocação de conteúdos em língua portuguesa na Internet. Neste momento, os conteúdos de língua portuguesa quer em Portugal quer no Brasil ainda são muito reduzidos relativamente aquilo que seria de esperar pela dimensão da língua à escala mundial. É um elemento muito importante, não só de acesso à cultura e à educação dos cidadãos mas também de projecção da língua portuguesa no mundo», afirma.
Em relação ao Ensino Superior consolida-se o financiamento num total de
1769,7 milhões de euros. A grande medida agendada para 2006 é o
lançamento de uma Avaliação Internacional de todo o sistema de ensino
superior público e privado: «Entendemos consagrar aquilo que está no programa do Governo, ou seja, introduziremos a partir deste orçamento e a partir deste ano, a Avaliação Externa Internacional Sistemática, e essa passará a ser a rotina da Avaliação do Ensino Superior em Portugal, como já foi e passou a ser a rotina da Ciência em Portugal. Passará a ser rotina das instituições de ensino terem de ser avaliadas periodicamente e terem de ser avaliadas externamente, ou seja, por peritos internacionais. Haverá direito a recurso, essas avaliações devem ser públicas e não apenas para consumo das próprias instituições».
Mariano Gago deixa claro que nenhuma instituição de ensino superior poderá
fugir a uma avaliação internacional e que o Programa de Avaliação do Ensino
Superior será apresentado com maior detalhe a partir do mês de Novembro. No
entanto, adianta as componentes chaves da avaliação: «Uma avaliação global do Sistema de Ensino Superior português acordada entre Portugal e a OCDE. Segundo, uma avaliação da prática nacional de avaliação nos últimos 10 anos em Portugal, conduzida pelo Conselho Nacional de Avaliação, que será conduzida pela Agência Europeia de Acreditação do Ensino Superior, com vista a nos permitir criar em Portugal uma Agência Nacional de Avaliação e Acreditação, segundo as decisões de Bolonha. E em terceiro lugar, a criação de um mecanismo, com um quadro de co- financiamento pelo Estado de Avaliações Internacionais das Instituições, que serão pedidas pelas próprias instituições e que será co-financiado pelo Estado. Portanto, este sistema tem estes 3 pilares que envolve a avaliação das instituições internacional, envolve a apreciação feita pelo nosso próprio sistema com vista à criação de uma Agência Nacional de Acreditação em Portugal e à reforma do Sistema Nacional de Acreditação, para que ele seja reconhecido internacionalmente e a Avaliação Global do Sistema de Ensino Superior português que será feita pela OCDE». Atribuído Prémio IBM 2004
Numa altura em que a segurança informática é um dos temas de destaque em
todo o mundo, a IBM atribui a Nuno Ferreira Neves o ‘Prémio Científico IBM
2004’, com distinção pelo projecto de investigação ‘Tolerância a Intrusões em
Nuno Ferreira Neves é investigador e Professor do Departamento de
Informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e viu o
trabalho distinguido, entre 12 projectos concorrentes, com o prémio IBM no
O projecto assenta num modelo de segurança alternativo aos sistemas de
segurança actualmente mais utilizados, propondo que os sistemas informáticos
possam tolerar intrusões através de mecanismos que dificultem as violações e
interferências no funcionamento destes sistemas: «Este projecto tem talvez dois aspectos que tocam o júri para além da qualidade. Primeiro é que trata de um assunto muito actual, muito pertinente. A intrusão em sistemas informáticos é uma coisa muito séria. Nós às vezes não percebemos muito bem, mas todos nós estamos pendurados em sistemas informáticos, para que mais não seja pagar, para ir buscar dinheiro. Eu quase nunca ando com dinheiro, ando sempre com o plástico e suponha que o sistema de Multibanco era ‘intrudito’ por algum pirata malicioso e que me tiravam o dinheiro da minha conta; ‘O que é que acontecia se eu precisasse de tirar dinheiro da minha conta?’ Isto é uma pequenina coisa mas que pode acontecer. Imagine que o seu telemóvel é utilizado por outra pessoa para fazer chamadas e é você que as paga!? Isto pode acontecer se os sistemas informáticos que estão na base de todos os sistemas de financiamento dos sistemas de telecomunicações forem ‘intruditos’ por piratas maliciosos. Portanto, isto é uma coisa que pode acontecer. Eu acho que esta é uma mais valia sendo que é um problema actual e preocupa muita gente. Uma segunda mais valia é a aplicabilidade. Eu tenho de ter muito cuidado com isto que estou a dizer e com a interpretação disto. Porque aquilo que é aplicável pode ser aplicável só daqui a muitos anos, portanto a aplicabilidade a curto prazo não é critério», explica Carlos Salema, Presidente do júri Prémio Científico
Esta é a 15ª Edição do Prémio Científico IBM, reforçando a aposta que a
Companhia IBM tem vindo a fazer na investigação científica e tecnológica em
Portugal. A entrega do prémio foi presidida por Mariano Gago, Ministro da
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e contou com a presença de Nuno
Guimarães, Presidente da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e
José Joaquim de Oliveira, Presidente da IBM Portugal.
Telemóvel reconhece proprietário por ‘ritmo da passada’
‘Forma de caminhar’ é utilizada para desenvolver sistema de segurança
através do ritmo da passada. Cientistas defendem que o tipo de passo é uma
marca única em cada pessoa e que pode ser utilizado como sistema anti-roubo
em telemóveis, portáteis ou até cartões de crédito.
De entre os vários sistemas de bio-identificação de segurança como a
impressão digital, o reconhecimento através da íris ou marcas de ADN,
cientistas finlandeses acrescentam agora, o ‘ritmo com que cada pessoa anda’
Os cientistas do VTT Technical Research Centre, na Finlândia, garantem que,
caso se perca um dispositivo móvel equipado com este sistema de segurança,
este «tornar-se-á inútil nas mãos erradas». Tudo porque, estará munido de
sensores de movimento que reconhecem o tipo de passada do utilizador
original. Caso, por exemplo, um telemóvel seja roubado ou perdido, quando
utilizado por uma outra pessoa, este reconhecerá automaticamente uma nova
passada e exigirá uma password que está apenas na posso do utilizador
O sistema de segurança já foi testado num telemóvel e os resultados
mostraram-se 90% efectivos. Os sensores de movimento do protótipo
identificaram 98% das situações em que existiu uma tentativa de ‘violação’ do
Cientistas alertam para a necessidade de novos medicamentos para combater Gripe das Aves
Governo tailandês anuncia que em Maio de 2006 vai testar uma nova vacina
contra o vírus das aves em humanos. Numa altura em que cientistas reclamam
o desenvolvimento de novos anti-virais e o vírus influenza chega à Europa sob
O vírus influenza da estirpe H5N1 já chegou há Europa, e são já vários os
casos em que o vírus das aves foi identificado como na Turquia, Grécia,
Roménia, Rússia e Reino Unido. Enquanto os governos tomam medidas de
precaução para evitar que o vírus prolifere para outros países, a comunidade
científica continua a trabalhar no desenvolvimento de novos medicamentos e
profilaxia, caso seja necessário enfrentar uma pandemia provocada pelo vírus
Entretanto, o governo tailandês anuncia que vai desenvolver um teste clínico
de uma nova vacina contra a estirpe H5N1 em humanos, no próximo mês de
Maio de 2006. De acordo com informações adiantadas pelo jornal Bangkok Post, o Departamento de Ciências Médicas Tailandês pediu a colaboração da
Universidade de Osaka, no Japão para «produzir um teste piloto de 30 mil a
100 mil doses de uma vacina obtida através de uma amostra fornecida pela
Actualmente, existem medicamentos capazes de tratar o vírus influenza como
é o caso do oseltamivir, o princípio activo do medicamento comercializado com
o nome Tamiflu e a substância anti-viral zanamivir, comercializada com o nome
de Relenza. Portugal, à semelhança de outros países em todo o mundo
encontra-se já a armazenar medicamentos com capacidade de fazer frente ao
vírus influenza, caso este sofra uma mutação e possa ser facilmente
A OMS recomenda o oseltamivir como o medicamento mais eficaz contra o
vírus influenza, mas cientistas japoneses referem num estudo publicado na
revista científica Nature, que os Governos estão a cometer um erro ao
armazenar este medicamento em grandes quantidades já que, caso se
verifique uma pandemia, e a população seja tratada com este princípio activo
em grande escala, o mais provável é que o vírus facilmente crie resistência ao
Neste sentido, é necessário desenvolver novos medicamentos o mais
rapidamente possível para a população não ficar dependente destes dois
únicos tratamentos. Esta alerta vem no seguimento do resultado de um estudo
apresentado pelos especialistas na Nature em que, após seguirem o
tratamento de uma paciente vietnamita infectado com o H5N1 em 2004,
verificaram que o vírus ganhou resistência ao Tamiflu e que só cedeu após
Sensores subcutâneos em doentes enviam mensagem para telemóveis de médicos
Bio-sensores subcutâneos para monitorizar condição de saúde de pacientes
estão a ser desenvolvidos a pequenas dimensões. Os cientistas acreditam que
utilizando tecnologias de comunicação wireless podem seguir pacientes à
distância e melhorar a qualidade de vida.
Investigadores da Academy of Filand Future Electronics estão a desenvolver o
projecto Wireless na área dos bio-sensores de monitorização, possíveis de ser
utilizados na avaliação do estado de saúde de pacientes que foram, por
exemplo, submetidos a implantes de próteses de articulações ou que
Através destes bio-sensores subcutâneos de silicone, os médicos poderão
acompanhar o paciente à distância via wireless através de informações
enviadas para o telemóvel ou para o PC. Um sistema inovador de sensores
incorporados em mini chips com capacidade de enviar informação para os
especialistas e, com isso, evitar marcações de consultas ou acompanhamento
Para além de garantir fiabilidade a longo prazo, os novos bio-sensores
subcutâneos estão a ser desenvolvidos sob um micro chip de silicone do
tamanho de uma unha que comporta elementos electrónicos, circuitos de
comunicação wireless e micro-sensores. A escala reduzida dos micro-chips, vai
permitir que estes sejam implantados em grandes quantidades ao longo do
Cientistas criam ‘cellborg’ e dão vida a dispositivos através de bactéria
Investigadores norte-americanos anunciam que desenvolveram um dispositivo
que agrupa circuitos electrónicos e uma bactéria viva para criar um super
sensor de humidade. Um primeiro passo, que pode vir a desencadear a criação
Ravi Saraf, investigador da University of Nebraska, nos EUA, anuncia que
conseguiu desenvolver um dispositivo, que utiliza as melhores partes de uma
bactéria viva e circuitos electrónicos, transformando-se num sensor ultra
sensível à humidade. O cientista e a sua equipa desenvolveram o dispositivo
com base num chip de silicone que terá sido posteriormente repleto de
partículas de ouro, utilizando uma cobertura da bactéria Bacillus cereus, uma
bactéria que geralmente está na origem de gastroenterites em humanos. A
bactéria terá posteriormente, sido submersa numa solução com nano partículas
de ouro, que acabaram por se colar à mesma. As nano partículas criaram uma
camada em ouro na bactéria, a qual se tornou condutora de correntes
eléctricas que vão percorrer o dispositivo.
Os cientistas explicam, de acordo com a Nature, que «um aumento nos níveis da humidade leva a que a bactéria inche levemente, o que aumenta a distância entre as nanopartículas vizinhas até 0,2 nanometros. Esta pequena separação torna mais difícil aos electrões saltarem de uns para os outros, o que diminui a corrente existentes ao longo do chip».
Segundo o investigador, este sistema vai tornar os sensores mais sensíveis há
humidade e acredita que esta tecnologia poderá vir a ser de grande utilidade
em climas extremamente secos. Esta nova demonstração pode abrir as portas
a muitas aplicações passíveis de ser desenvolvidas a nível da biotecnologia e
da incorporação de circuitos electrónicos em seres vivos ou, quem sabe,
aproveitar a energia das bactérias para alimentar dispositivos.
Implante coclear vai permitir que pessoas surdas oiçam música
Cientistas ingleses prometem pôr pessoas surdas a ouvir música através de
um implante coclear que está a ser desenvolvido a uma escala nanométrica.
Os especialistas indicam que este aparelho vai permitir captar sons de várias
frequências. De acordo com os cientistas, os aparelhos actuais apresentam
várias limitações, já que funcionam principalmente através da ampliação do
som e não especificamente no que se refere à captação das várias
frequências. Neste sentido, adiantam que a maioria dos aparelhos de audição,
hoje em dia utilizados, são apenas eficazes na captação da voz humana e que,
mesmo assim, apresentam uma grande distorção do som.
O aparelho que está agora a ser desenvolvido vai permitir captar as
frequências utilizadas nas notas musicais, no entanto, referem que um
aparelho comercial será provavelmente possível só daqui a 10 anos.
Actualmente, os investigadores já desenvolveram um protótipo do implante
coclear e explicam que este baseia-se em 4 elementos que vibram em resposta
Os elementos tem a forma de uma placa e cada um está coberto com uma
película de polivinil fluorizado, um material com características piezoelectricas.
Para além disso, a sua capacidade de vibração deve-se aos diferentes
tamanhos e diâmetros que apresenta e que vão permitir uma ressonância em
O implante coclear vai funcionar, segundo a explicação dos investigadores na
revista New Scientist de forma a que «quando um som, como uma nota musical
leva a que um dos elementos vibre, a flexibilidade do material piezoeléctrico
produz uma pequena voltagem. Isto é directamente transmitido ao nervo de
audição na cóclea», sendo que, «ao contrário dos implantes convencionais,
não requer uma fonte de energia externa».
Three Good Things Happiness Interventions That Work: The First Results by Martin E. P. Seligman, Ph.D. 4th May 2004 We now have evidence to suggest that counting your blessings, using your strengths regularly, and expressing gratitude can increase happiness and reduce depression. The Mission and the Method The mission of Positive Psychology, put simply, is to increase the tot
mwb-3142-codex.pharma.-.deel.i.book Page 115 Monday, March 21, 2011 10:48 AM Koninklijk Besluit van 22 januari 1998 wetenschappelijke doeleinden noodzakelijk voor en(Het in het vorige lid bedoelde etiket dient niet tebinnen de perken van hun beroepsnoodwendigheden. worden aangebracht op de recipiënten waarin farma-Indien deze verwerving geschiedt in het kader vanceutische specialiteiten